domingo, 16 de julho de 2017
difícil é ver alguém respeitar tristeza...
Difícil
é ver alguém respeitar tristeza.
Muito
mais difícil é ver uma tristeza sendo acolhida.
Já
uma perna quebrada, um hematoma, um mal estar, estão ali, tudo posto, visível,
compreensível e facilmente respeitável.
Tristeza
não.
Tristeza
é sutil.
Costuma
ser confundida com frescura, fraqueza, TPM ou mimimi. E é
sempre considerada passageira.
Não
é.
As
vezes a tristeza é o piloto. É perene, crônica.
E,
acredito, só sara no amor.
Nesse,
que as vezes a gente economiza com medo que acabe.
Mas
não. De novo não.
Amor
não acaba, ele sabe se multiplicar.
Dalva
estava triste.
Uma
tristeza pungente, já sem origem, cotidiana. Estava dolorida. Parecia
por fora, mas era por dentro que doía mais. Mas quase ninguém via.
Precisava
ser ouvida.
E
urgentemente abraçada.
Foi
o que fizemos... ontem, um pouco depois das nove. Dez adultos abraçando Dalva.
Ela
sorriu. E chorou.
E
sentiu-se muito melhor.
Foi
embora tão grata, fazendo mesuras com as mãos.
O
que talvez ela nunca saiba é que era eu sendo curada naquele abraço também.
Solange
Maia
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