terça-feira, 30 de agosto de 2016
domingo, 28 de agosto de 2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Finalmente, O LIVRO !!!
"Histórias que os Rostos Contam" é um livro delicado, de capa dura, com belas fotografias, que traz histórias de 22 personagens, inspiradas em fotografias de pessoas reais. Um convite a olhar o outro. E a si mesmo.
Dá lá uma conferida. E, se gostar, o livro já está em pré-venda, no Kickante:http://www.kickante.com.br/…/livro-historias-que-os-rostos-…
Ah! E estamos procurando o 22º (e último) rosto do livro! Ajude-nos a encontrar! Mais informações estão no site http://www.historiasqueosrostoscontam.com.br e na página do Face (https://www.facebook.com/Hist%C3%B3rias-que-os-Rostos-Conta…)
Beijos a todos!
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Beijos a todos!
Solange Maia
terça-feira, 23 de agosto de 2016
ele não precisa ter rosto...
Dizem que são como talismãs
que conferem proteção a quem os toca.
Que são veículos para outros
mundos, que invocam espíritos e curam...
O
silêncio do Red Rock State Park, em Sedona,
era entrecortado pelo barulho quase imperceptível da água correndo suavemente
por seus canyons vermelhos e suas encostas quase verticais, marcando o compasso
da terra, um ritmo que parecia ser o do mundo. O cenário era deslumbrante.
Já
teria bastado.
Mas
a vida, surpreendente como é, quis mais.
Algo acontece no silêncio.
Um tum-tum-tum vindo da
floresta, do rio.
Um
tum-tum-tum-tum-tum-tum-tum-tum-tum difuso, contínuo e sucessivo.
Era um tambor, eu sabia, mas qual tambor ?
E... vinha de onde ?
Caminhei em direção ao som até que finalmente vi aquele homem.
Meu coração se oculta nas sombras, entre as folhagens na beira do rio.
Fiquei ali um tempo longo e
indefinido, de cócoras, não querendo ser vista, com medo de que, sendo, ele
saísse daquele estado emocional mágico e todo o Universo se desfizesse.
Era um homem maduro, grande,
forte, parecia estar ali sem estar.
O rosto escondido pelo tambor
xamanico me permitia somente a sombra de seus contornos.
Bastava.
Tudo foi ficando disperso a
minha volta. Sentia só a gravidade, o cheiro da terra, e um pertencer nunca
antes vivenciado.
Experiências assim devem ser respeitadas.
Pretendo seguir sem nunca saber que você é.
Mas te agradeço, porque tua viagem me levou contigo.
Felizmente existem os canyons.
E essa saudade é um infinito inteiro dentro de mim.
Solange Maia
(Fotografia tirada em 'Red Rock State Park', em Sedona, Arizona, em 03/10/2015)
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Monumentalidade...
Adriana é sólida, majestosa, feita de linhas retas.
Rafael sorri jocoso, imponente, altivo, sem nunca perder a doçura.
São dois.
Mas só até que toque a primeira nota e deem o primeiro passo.
Nessas horas não se sabe se dançam ou se levitam.
Se são dois, ou se são muitos.
Deslizam por terras vulcânicas feitas de fogo e vento, desafiando a vertigem, domando os músculos e o ar.
Dançam com generosidade. Emprestam vida e história a cada movimento.
São autores e intérpretes, um casal. E têm a beleza desolada de quem busca o outro só para depois poder partir.
Perdem-se só para depois poder se achar.
O espaço que existe entre eles é denso, tangível, tocável.
Forjam ouro, esculpem pedra, talham madeira, escrevem poesia.
Cometem explosões de dureza que se transformam em mãos macias, que deslizam sinuosas pelo outro, movimentos sincronizados de curvatura precisa, perfeitos.
Viram música, segredos, rasgos, sulcos.
Contam histórias de desejos e preliminares úmidas.
Uma grande obra feita de pequenos movimentos. Minúsculos detalhes com a grandeza das catedrais.
Contam histórias de desejos e preliminares úmidas.
Uma grande obra feita de pequenos movimentos. Minúsculos detalhes com a grandeza das catedrais.
São fluidos, orgânicos, imensos.
Seus corpos cheios de possibilidades desafiam o ar, mesmo sabendo que não podem fazê-lo. Fundem-se a ele, o respeitam como mestre, como amigo. Cometem a entrega.
Abandonam-se.
Abandonam-se.
Têm esse dom... o da monumentalidade.
Firmes sobre seus pés, morrem a cada passo, mas surgem generosos no passo seguinte.
Um presente que não temos como agradecer.
Com eles aprendi que dançar é uma ressurreição.
Solange Maia
para Adriana Galvão e Rafael Dutra... meus professores de dança
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