segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
história ou estória ? ...para meu leitor anônimo
E que fique
muito mal explicado.
Não faço
força para ser entendido.
Quem faz
sentido é soldado...
Mario
Quintana
Minha última postagem me ofereceu uma
rara oportunidade. A de confessar, como diz meu namorado, que sou muito melhor
fotógrafa do que escritora.
Não dou às palavras uma forma manejável,
não as limpo. Não estou atrás de prêmios literários.
Escrevo o que sinto, a respeito do que
quero. Não sou presa a regras, tendências ou métricas. Sou em primeira pessoa, em
segunda, me escondo, sou tantas. Sou metáforas, prosa, poesia, versos, contos e
cantos. Sou verdade, e sou mentira.
Escrever me faz sorrir.
Que importância então, poderia ter,
saber se o que escrevo são histórias ou estórias ?
Agarro-me humildemente à definição de
que a palavra estória não tem respaldo etimológico algum, anda em desuso, e gosto
da idéia de que estamos na era da abrangência. Nada deveria ser absoluto, fechado
em quadrados, endurecido ou cerceado. Então, sinto muito, mas toda estória é uma história.
Perdoe-me querido leitor, se tem achado
que apresento tanta coisa desconexa ou sem sentido. Sinto muito por deixá-lo
tão confuso, sem saber se escrevo meus reais sentimentos, aqueles que vêm de
dentro, ou se é tudo material literário.
Só o que posso dizer é que é tudo sentimento,
então tudo vem de dentro. Este é o material do qual sou feita.
É que, para mim, escrever trata de realidade,
mesmo na ficção.
E a verdade, tão absolutamente relativa,
deve ser medida por quem a escreve, e também por quem a lê... como naquele dito
popular que nos lembra que existem sempre três verdades : a minha, a sua, e a
verdadeira.
Não quero eleger nenhuma.
Prefiro continuar livre.
Então, caro leitor, se te incomodo
tanto, lamento.
Lamento ainda mais porque diz que não me
reconhece.
É que estou amando.
Nem mesmo eu me reconheço mais.
Tenho investido meu tempo em viver.
Perdoe-me mais uma vez, já confessei : sou
melhor fotógrafa.
E escrever tem sido isso.
Só fotografar.
Solange Maia
strip-tease...
Nenhuma vela acesa, nem música do Joe Cocker ou cinta-liga.
O rosto levemente cansado, a maquiagem gasta pelo dia, a luz acesa.
Sem truques de sedução.
Foi assim que aconteceu.
Amar dava um medo danado.
Mas teus olhos foram desabotoando os fios da minha fala.
Fui contando de todas as coisas que, definitivamente, ficavam pequenas diante de ti.
Sei que não gosta que eu fale isso, mas é fato, nenhuma história foi tão grande. Nenhum personagem.
Nossa intimidade descobrindo o último pano que calava o meu corpo. Tudo ali.
E, embora amar desse um medo danado, mesmo assim eu confessava : meu único amor é você. Desde sempre.
Tudo posto.
Tudo seu.
Mas o amor é deliciosamente benigno.
E a vida é curta.
Então vem logo, vem beijar minha boca.
E dane-se todo o resto...
Solange Maia
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
taraguela...
Taraguela.
Acho que é a única palavra errada que restou.
Ta-ga-re-la, corrijo sorrindo, sem vontade alguma de consertar essa 'meninice' que restou. Tagarela é o que ela é. Menina falante, 'conversadeira', expansiva... mas sabe, sim, sabe ouvir. E adora. Ouve demoradamente. Se interessa pelas histórias, pelas pessoas e pela vida.
É surpreendente como tem um olhar terno sobre todas as coisas, como sua persuasão é sempre afetiva, como sua fala é a de uma criança, mas tem sempre uma inquietação adulta, uma sede, uma fome...
Bebela quer mais.
É ampla, plural.
Bebela é presente dos céus.
Há 10 anos ta-ra-gue-lan-do doçuras por onde vai.
Feliz aniversário, amor !
Te amo tanto...
Acho que é a única palavra errada que restou.
Ta-ga-re-la, corrijo sorrindo, sem vontade alguma de consertar essa 'meninice' que restou. Tagarela é o que ela é. Menina falante, 'conversadeira', expansiva... mas sabe, sim, sabe ouvir. E adora. Ouve demoradamente. Se interessa pelas histórias, pelas pessoas e pela vida.
É surpreendente como tem um olhar terno sobre todas as coisas, como sua persuasão é sempre afetiva, como sua fala é a de uma criança, mas tem sempre uma inquietação adulta, uma sede, uma fome...
Bebela quer mais.
É ampla, plural.
Bebela é presente dos céus.
Há 10 anos ta-ra-gue-lan-do doçuras por onde vai.
Feliz aniversário, amor !
Te amo tanto...
Mamãe
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