terça-feira, 24 de janeiro de 2017

carta para Bia...

Chegou, mana.

Amanhã você vai dar um passo tão importante que jamais se esquecerá. Vai enfrentar, como já tem feito, uma “dor” que não devia existir, um problema que não foi merecido, que não é justo, mas que está lá. Está lá porque a vida é assim, porque às vezes nos põe à prova, nos leva ao limite, nos apresenta de novo para nós mesmos.
E a gente descobre coragens e forças que nem sabíamos possuir. E se respeita ainda mais.
E nasce de novo. Mais forte e, paradoxalmente, mais suave.

Não tente encontrar explicação. Não há.
O que vai encontrar é outro tipo de riqueza: são estes anjos que a tem acompanhado, esses encontros mágicos, esta lista de milagres que construiu e que tem compartilhado com quem ama.
E mais, o principal, terá muito, muito, muito respeito pela vida.

Amanhã, se tiver um tempo, deitada no hospital, pense em Chiang Mai.
Chiang Mai naquelas noites em que milhares de pessoas levam suas lanternas iluminadas para a beira d’água. São noites de muito amor e alegria. Pense na sensação de estar vendo a sua lanterna subindo, se juntando às lanternas das outras pessoas, até que sumam no céu. É um momento mágico em que você percebe que sua lanterna é única e importante, mas que faz parte de um todo, e que juntos iluminam todo o céu, tornando o lugar ainda mais bonito... ou seja, é a sua luz individual fazendo parte do coletivo universal...

Amanhã estaremos assim, Bia, cada um dos seus amigos e dos seus amores com sua lanterna, nos lugares mais diferentes, te enviando a melhor de nossas energias, e faremos tanta luz, tanta, que no instante em que estiver sendo operada haverá um céu iluminado e lotado de amor.

Em Chiang Mai comemora-se a vida, o amor e a gratidão.
No Sírio Libanês também.
Prometo um dia te levar lá...
Te amo. Vai com Deus e volta logo.
Estou te esperando.

Soli

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