
Aquela FIGUEIRA foi nosso “avião” por muitos anos.
Era uma árvore enorme, de tronco retorcido e galhos baixos e fortes, por isso, mesmo “nas nuvens” estávamos sempre muito perto do chão.
Naquele tempo era comum brincar assim... os recursos eram naturais, televisão era um estraga-prazeres, a imaginação nosso melhor brinquedo, era o que nos conduzia por horas fio num mundo mágico onde os figos eram ao mesmo tempo nossa comida e nossa munição, os galhos eram poltronas elegantes, e a árvore nos levava aonde quiséssemos ir.
Mesmo muitos verões depois, ainda trago comigo um cheiro que mistura terra e figos... se fechar bem os olhos, ainda posso senti-lo.