Não é mais o mesmo terraço, nem os mesmos eucaliptos, mas ainda ouço a respiração do mundo, e isso ainda me faz sentir viva.
Normalmente a noite é silenciosa, e sinto paz dentro de mim.
Mas hoje não.
Hoje a noite está cheia de sons, de palavras, de sentimentos e de lembranças.
Hoje tem um monte de coisas dentro de mim.
Uma inquietude.
Uma falta sei lá do quê.
Queria te saber ali. Queria só a sua respiração e o ar deslocando entre nós.
Talvez a gente sentisse o calor do corpo um do outro, mesmo sem nos tocarmos.
E depois eu seguraria as tuas mãos e sentiria o calor da tua pele. No escuro... na ausência absoluta de tudo que não fosse alma.
Queria te ouvir, e queria te falar... a despeito do muito silêncio que se faria (só o silêncio fala o que as palavras não traduzem).
Porque é assim que nossas almas iriam tomando forma, iriam virando a gente...
E que nossas mãos fossem pontes entre duas almas...
Porque “encontros” devem ser reais, e não “perfeitos”.
Porque as verdades podem até ter curto prazo de validade, mas que BOM seria se pudessem ser renovadas a cada dia, até o dia em que a gente não quisesse mais...
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