Um final de tarde e uma noite inteira.
É o que precisei para decidir que, se tudo deve ter um começo, um meio e um fim, então é chegada a hora de virar a página, de encerrar um ciclo. Começo então a te querer bem menos, a te desassociar desse amor bonito, a te enxergar, agora, já mais desfocado, assim, como alguém na paisagem.
Porque desse querer bonito, há de se rever medidas.
É como plantar ao contrário,
e ver ir encolhendo a flor e as folhas,
até que virem broto, e nem mesmo ele deixe de se retrair e voltar à terra, virar semente, e ali ficar.
Ao bel prazer do tempo, dos revezes e do destino...
E, se é assim que vou cuidar desse amor,
com esse “não estar” e um desdém elegante,
quem sabe agora eu não aprenda que o gostar é assim, muitas vezes começa sem querer, quase como uma metáfora...
"Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
ResponderExcluirEitcha você me cativou, viu?
Beijos.
(...) e termina igualmente como uma metáfora! Este ver desfocado é algo que nos ajuda a entender que acabou ou está por acabar e permite que acabe sem mágoas e "brigas".
ResponderExcluirLindo texto de reflexão.
Beijos
Anne
No começo é a paixão
ResponderExcluirdas lacunas preenchidas
por doação
Ah ... como tudo fica belo
quando esculpido
por nosso próprio martelo
Retroceder para amar... eu vou!!!
ResponderExcluirLindo amiga!Um beijo de bom dia
O amor é uma coisa indecifrável, mas que atinge a todos, beijos grandes!
ResponderExcluirseus textos mexem de forma profunda com minha alma. é uma profunda sensação de dejavoir.
ResponderExcluiresse "desfocar" que eu teimo em trazer pra dentro de mim..
ResponderExcluiraté consigo virar a página..mas não fecho o livro..então ela sempre volta..e ali estou, mais uma vez lendo as mesmas linhas, desbotadas pelo tempo, apagadas..mas que sei de cor..
lindo Sol..
bjs.
Coisa difícil... seguir em frente... revirar o mundo, armário e estômago... mudar rotinas, costumas, planos... :/
ResponderExcluirVc escreve exatamente como me sinto, Solange. Que bonito!
ResponderExcluirObrigada por conseguir falar, com leveza, daquilo que ainda estou elaborando nesse coração partido.
Sou sua fã (juro!).
Bjos.
Embora , eu n saiba usar essa elegancia... o texto é perfeito!
ResponderExcluirbj
"Plantar ao contrário" me fez refletir tanto...e me fez tão bem!
ResponderExcluirBjinhos,
Que perfeito *-*
ResponderExcluirSabe, querida, acho que estou nesse "não estar" há um bom tempo. E sinto que aprendi a amar esse amor, entende? Sem expectativas e esperanças... Só amando.
ResponderExcluir=**
Nossa...esse foi o mais lindo :) Parabéns!! adoro passar por aqui! bjoss
ResponderExcluirEu preciso um pouco desse "nao estar"...
ResponderExcluirMesma situaçao tratada de modo tao diferente. Engraçado me deparar com seu texto: falamos essa semana de mesmas coisas, mas o seu "nao estar" é elegante e o meu virou dramalhao regado a cenas de soluços sem fim.
Preciso ser mais "elegante"!!!
Beijoss
Eu precisei mais que uma tarde e uma noite inteira para encerrar um ciclo. Mas antes tarde que nunca.
ResponderExcluirBeijo.
Olá, Solange
ResponderExcluirMeu nome é Ariany, eu represento o Blog Vestibular, da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).
Primeiramente lhe parabenizo pelo seu blog, adorei sua postagem e gostaria de convidá-la a conhecer e opinar num ambiente repleto de informações sobre educação: http://blogvestibularfecap.blogspot.com/
Conto com a sua visita!
Até mais!
"há de se rever medidas"
ResponderExcluirÉ o que fazemos,
por tantas vezes,
ao longo da vida...
Para o nosso próprio bem.
Beijo,
Doce de Lira
"Olhar desfocado".
ResponderExcluirPorque sera que existe essa nuvem que cobre a razão quando a paixão nasce? Tenho dificuldades de olhar além da nuvem. Parabéns por conseguir.
Ahh os ciclos...como sao necessarios que se encerrem em uma hora...ou, modificados (geralmente pela vida) para que renascam fortes e plenos...
ResponderExcluir(amo esse lugar, nao comento sempre, mas venho sempre!)
Bjos
Ah, e potz as vezes esse " nao estar" nos leva a almaaaaa! Sufoca! AHHHHH
ResponderExcluirQue belo texto, Solange!
ResponderExcluirBom te ler.
Beijos.
Lindo.saudades estamos de férias ainda em Goiás, mas retorno sábado. passei pra dar olá e dizer que sinto saudades volto a rotina semana que vem, e convido tbm a nos assistir na TV Brasil no programa Papo de Mãe domingo este ,dia 25/07 ás 19 horas, bjsssssssssss
ResponderExcluirLindo Sol!...
ResponderExcluirMinha cara...estou nessa fase a de virar a página...
beijos
Gostar quando não se gosta e ai acaba aprendendo. è típico de quem quer esquecer um amor. Mas é bom você mesma criar o sentimento, pois consegue contrar ele, nem que seja um pouquinho.
ResponderExcluirbjs
E dói quando termina.
ResponderExcluirE dói muito.
E se insistimos... por teimosia... feito eu... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aí dói mais ainda... como machuca fechar um ciclo e virar a página.
Enfim.
É a travessia... de quem já viveu o que tinha que viver...
Lindas palavras, querida... metáfora perfeita... e me vestiu feito uma luva!! Obrigada. Doce beijo.
Na arte do coexistir e cohabitar só os metres ogtém sucesso, o que não é o meu caso, pelo menos até hoje. Acho que até o fim de minha vida aprendo essa arte. A arte do estar, de preferencia dentro.
ResponderExcluirBeijo Sol, vc é linda,, viu?
Às vezes dá vontade mesmo de dar uma esnobada no amor.Um amor ao avesso, um "sem querer querendo",porque ele também vive fazendo isso com a gente. beijos,Solange
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComposição fantástica. Adorei sua alegoria sobre o desamar como uma árvore decrescendo. Estou te seguindo, não por retribuição, mas porque admiro muito o que você escreve.
ResponderExcluirGrande abraço
Como alguém um dia me disse; Espero que seja apenas ficção.
ResponderExcluirHá como que um renascer de algo que ficou parado no tempo e que não vale mais recuperar.
Oi Solange....aqui o sentimento é de descoberta, mesmo não sendo a descoberta que talvez a gente queira, talvez por isso ela consiga inspirar blos poemas como esse seu...
ResponderExcluirLá no verseiro a descoberta ´de um amor maduro, que não se perdeu no cotidiano, que não se entregou com o passar do tempo...
Um abraço na alma...
Beijo
Tocante. Como sempre, seus textos arrasam!
ResponderExcluirObrigada!!!! fico feliz que tenha gostado...
ResponderExcluiramei seus textos, e é um honra trocar suspiros, em forma de leitura.
um beijo, uma flor.
Solange
ResponderExcluirComo é triste e dolorido este "plantar ao contrário". Isso subverte a natureza do amor, mas às vezes é o caminho que se apresenta.
Aprender a "não-estar" mesmo ainda querendo estar... sigo sempre aprendendo!
Lindo texto!
Bj grande
Seus textos sempre me despertam milhares de sensações!
ResponderExcluirSe as plantas morrem, elas se tornam matéria para que novas raízes possam se fixar.
Beijos.
Plantar ao contrário é de uma boniteza sem tamanho!
ResponderExcluirBeijoca
Sol
ResponderExcluirAdorei o plantar ao contrário, adorei o desdém elegante, quero também plantar ao contrário e colher o esquecimento, ou pelo menos esse desfoque que vc falou.
Porque lembrar o amor bonito faz querer não esquecer, e aí... Eita que me agarro a qualquer pedaço de lembrança e dói uma dor meio rubra, meio roxa...
Melhor é desfocar e ver como quem vê a paisagem, assim não dói tanto, assim em vez de colher espinhos e lágrimas, nada colho.
Milhões de beijos
Tudo tem um fim, mas não necessariamente não deva haver um recomeço...
ResponderExcluirFique com Deus, menina Bia Maia.
Um abraço.
Solange,
ResponderExcluirQue deliciosa essa vida de palavras em tuas mãos. Por absoluta falta de tempo deixei de ler alguns dos teus textos. Mas, agora,lendo-os, deixo que a emoção corra solta dentro de mim, enquanto uma lágrima furtiva me faz lembrar uma canção do Vinicius: ah, se todos fossem no mundo iguais a você... Que maravilha viver!