sábado, 3 de dezembro de 2011
todo meu...
Escureço tudo ao redor. Não quero nenhum fio de luz.
Vou aguçar outros sentidos, vou me acender em você.
Risco círculos e arabescos sobre o teu corpo. Tudo breu. Tudo meu.
Sei onde você está. Acendo uma vela, e nascem caminhos de luz.
São dessas noites em que viro dona do céu.
Brinco com tuas sombras, com tuas horas longas...
Brinco com aquele instante sutil, onde teu corpo recua, onde te falta o ar só porque sabe dos pingos de cera que pendem, sabe que vão cair sobre o teu peito, e que vão ebulir...
E é exatamente o que você quer. Essa hesitação.
Esse momento tênue em que nem pensa.
Esse hiato em que é todo meu.
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