terça-feira, 30 de julho de 2013

mãos soberanas...

Qualquer música, qualquer som, qualquer ruído seriam intrusos.
O silêncio era o verbo.
Era nele que as coisas cabiam. Inteiras.
Aos olhos restava apenas o cerrar das pálpebras.
O momento era para imaginar. Sentir.

Nenhum outro recurso podia ser tão afrodisíaco.
De olhos fechados o amor tinha outra dimensão.
Enriquecia os sentidos.
Aumentava o coração.

Nessas horas as mãos são lentas, acolhem e ratificam.
São soberanas.

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