Disse então, que conto histórias porque por mais que a vida me esfregue na cara que tudo é absolutamente temporário, ainda assim, desejo algum tipo de permanência.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
porque eu conto histórias...
Um texto é uma entidade viva,
e contém um mundo imenso dentro dele, tentei explicar. É o velho clichê sobre a
ponta do iceberg. É muito mais sobre abandonar palavras do que sobre
acumulá-las. Escrever é coagular, é comprimir... é deixar partir tudo que não é
necessário, só pelo prazer de sabê-lo devolvido na imaginação de quem lê. É falar
de uma vida que nem é mais só a sua. É por isso que uma história é
bonita, completei, porque é tecida com componentes de todos nós, porque passa a
ser de quem a lê.
Conto histórias por tantas
coisas.
Conto por ser a maneira que
sei de estender as mãos, porque minhas narrativas me humanizam, porque é um jeito de confessar meus medos e minhas coragens, porque preciso espantar tantos monstros e tantos
dragões.
Escrevo como quem tira uma
fotografia. Para guardar, para proteger. Escrevo para que o instante
não sofra o desgaste do tempo, ou de outras experiências que muitas vezes
apagam as anteriores.
Conto histórias por tantas
coisas.
Conto para me lembrar de quem
sou, para aproximar fronteiras, para comungar. Conto porque as historias têm aptidões para transportar
quem as lê, e criam sensações, que de outra forma, provavelmente seriam
inacessíveis. Conto por isso, porque sei que cada pequena prosa, cada par de linhas, contém uma vida inteira. Mas ele, ao ouvir tudo isso, e me achando tão prolixa, pediu bem menos, queria sim me entender, mas só o podia com poucas palavras...
Disse então, que conto histórias porque por mais que a vida me esfregue na cara que tudo é absolutamente temporário, ainda assim, desejo algum tipo de permanência.
Disse então, que conto histórias porque por mais que a vida me esfregue na cara que tudo é absolutamente temporário, ainda assim, desejo algum tipo de permanência.
Solange Maia
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Solange... é como eu digo... Contar uma história é algo magnífico, mas estar dentro dela, é mais ainda. Imaginar ainda ter o dom de contar escrevendo. Parabéns. beijos.
ResponderExcluirTa linda nesta foto Sô , tão linda quanto te enxergo . Beijos e continue a escrever please.
ResponderExcluirgosto.
ResponderExcluiré mt bom escrever, claro, cada um com as suas letras...
Mi Querida Sol, adoro tus historias ya que cuando las recorro ratifican algunos sabios principios de Ken Wilber consiguiendo desde la diáspora de temas sintetizar en un mismo tejido todo lo que nos rodea y convoca en este mundo. Adoro tu perspectiva de la Vida, aún en aquellas miradas en las que no coincido, porque son ricas y armónicas. Te disfruto siempre y además permiteme decir que pasaría horas también disfrutando de la gestualidad de esta foto. Gracias por atravesar mi vida. Te abrazo
ResponderExcluirdeixo beijos..
ResponderExcluirótimo findi.
Que texto incrível Solange!
ResponderExcluirEscrevo como quem tira uma fotografia. O inverso, fotografia que é poesia, já conhecia. Aqui ficou ainda mais lindo!
beijo.
Solange é sempre um prazer passar por aqui e ser brindada com textos tão bem escritos e deparar com sua maneira de "despir" sua alma através da escrita. Obrigada! Um ótimo final de semana!
ResponderExcluirQue bom que escreves, SOL!
ResponderExcluirAo lê-la, permaneces em mim...a distância física não impede..
Beijos, linda!
Entendo perfeitamente o seu porquê de escrever, Solange. Sinto-me do mesmo modo. Escrevo porque meu coração precisa gritar - e quer que o mundo escute. E, se der, se lembre. Inclusive eu.
ResponderExcluirBelíssimo texto. Belíssimo.
Helder.