quinta-feira, 20 de março de 2014
verdade, as vezes eu minto.
Um dia ele disse estar desconfiado de
mim.
Supôs que eu talvez mentisse.
Não sobre o cotidiano ou sobre fatos,
mas mais por dentro.
Era da minha alegria e das minhas
coragens que ele falava.
Ele dizia
que tudo parecia organizado demais, fluido demais.
Dizia achar
que meu sorriso escondia alguma dor.
Estava certo.
Não conto pra ninguém, mas não sou
capaz de apagar
o que minha memória escolheu guardar.
Ele percebeu então, que sou também
esse viés. Que muitas vezes prefiro sorrir só pra
não ter que contar toda a minha historia.
Verdade. Às vezes eu minto.
E ele sabe o que eu sinto, sempre e a todo instante.
Os outros
não, os outros só imaginam.
Pedi então, que ele ficasse bem perto de mim.
E segurasse forte a minha mão.
Afinal ele sabia...
não tenho mesmo toda essa coragem.
Solange Maia
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Muito bom! Compartilharei seu belíssimo texto.
ResponderExcluirUm abraço
Nem eu tenho tanta coragem e muitas vezes prefiro calar. É incrível como um ser pode nos conhecer e apenas segurar a nossa mãos faz um bem.
ResponderExcluirDo sofrimento emergiram os espíritos mais fortes, as personalidades mais sólidas marcadas com cicatrizes.
ResponderExcluirKhalil Gibran
http://www.youtube.com/watch?v=LByh0c4Edv8
ResponderExcluirPor favor, no te vayas.......
Te beso !!!
Lindo!
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