Minha vida sempre me pôs à prova, acho que pouco sei sobre o que são “zonas de segurança”. Conheci o bicho papão muito cedo, mas, forjada por minhas próprias coragens, aprendi a olhar fundo aqueles olhos assustadores e enfrentá-lo. Nunca me senti nem refém nem vítima. Cresci com a valentia de quem tem o sol em áries.
É que amo viver. E isso sempre foi tão maior.
Sou das fronteiras, dos ventos, do outro, das retinas enxaguadas pela água da chuva e da imensidão.
Em mim há um personagem invisível e sempre ativo: o encantamento.
Sou entregue, e, embora saiba que viver assim pode ser mais arriscado, nem ligo. Não caibo na monotonia dos isolamentos ou em fases desérticas. Gosto de gente.
Vivo o ‘poder do agora’ e, se tenho menos tempo, procuro acertar mais o gesto.
Não quero mais tentar entender os vazios. Nem os vales ou os abismos.
Cansada de discutir importâncias. Ou de ter razão. Tenho preguiça de formalidades. Sou dos abraços.
Me reconcilio com a vida todas as manhãs, com facilidade.
Cada vez mais interessada em pés descalços e em almas leves.
Cada vez mais interessada no instante.
Fios de cabelos brancos não me assustam. Nem as marcas do tempo, ruguinhas ou quilos a mais.
Sinto que, finalmente, a menina que me habita, tirou a mulher para dançar.
E sigo bailando, sendo protagonista da minha própria história.
Me sinto orgulhosa do que semeei.
Adoro saber que ainda tenho muito a aprender.
Mas agora, neste momento, meu foco é outro:
Tenho tido a espetacular intenção de viver cada vez mais feliz!
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