quinta-feira, 28 de agosto de 2014

devia ser proibido...

E tanta gente presa nessa neve.
Tantas quanto as explicações, que a gente nem pede e vão logo desandando a dar... ‘foi a vida que amargou, foram as feridas do passado, tudo o que nunca cicatrizou, foram as traições, o cotidiano que me endureceu, a matemática sendo sempre maior que as relações...’
Como se fosse tudo uma coisa só.
Como se fossemos todos iguais.

Tem gente que vive nesse perpétuo estado de defesa, a memória convertendo-se num cárcere, a alegria esvaindo pelo ralo da razão. E vive-se assim, eternamente à margem.
Eternamente quase sendo.

A vida pode sim ser violentamente invadida por alguma fatalidade, a realidade de vez em quando pode nos fazer faltar o chão, a alma vai doer, o corpo quase arrebentar, mas devia ser só isso. Só esse instante agudo de dor.
Proibido virar crônico.

Tanta gente sem lembrar que o amor é sol que derrete toda neve. Há que se sair detrás dessa trincheira...
Correr riscos ainda é a maneira mais bonita de amar.
Tenho medo, é fato, mas mostrar o coração tem me dado uma alegria que nem sei...
E acredito.
Ainda acredito.

Solange Maia

6 comentários:

  1. "[...] Correr riscos ainda é a maneira mais bonita de amar.
    Tenho medo, é fato, mas mostrar o coração tem me dado uma alegria que nem sei...
    E acredito.
    Ainda acredito."

    Sol, que lindo! Que coisa mais iluminada e verdadeira.
    Ver você acreditando me encoraja a acreditar também.
    E se estamos todos indo para o mesmo lugar, vamos juntos então!

    Dá a mão aqui... \o

    Um beijo!!!!

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  2. Sim, a gente acredita, acredita com toda forma. E é nessa esperança que a gente segue.

    Boa noite,

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  3. Querida Solange...mucha verdad en lo que dices...el amor no es para cualquiera: pocos soportan el equilibrio de la duda. Te abrazo !!!.

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  4. O amor é Sol , o amor é Solange.

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  5. Solange, apesar do coração estão pequenino, encolhido mesmo, ainda aposto no amor. Não sei onde anda mas acredito que um dia encontre de fato. Se deixarmos de acreditar, a vida perde todo o colorido e isso não quero. Lindo texto! Bj

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