EU (e uma da minhas tatoos), hoje a tarde, clicada por mim...
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Demorei um tanto de tempo para entender Deus.
Na verdade, tal qual no amor, percebi que melhor que entendê-lo, seria senti-lo.
Há em cada pequena flor, em cada nova descoberta, no acelerar dentro do peito, na palavra pensada, e até no amor que pede uma pausa, um tanto de Deus.
Há nessa parte de mim que amanhece, a despeito da chegada da noite.
Há no afrouxar desse nó que tantas vezes me sufoca o peito.
Há em cada pequena festa no meu coração, em cada surpresa boa no meio da tarde, em cada palavra suave e bonita prá se guardar pra sempre.
Deus é aquele minutinho que antecede o deleite, aquela canção que nos faz chorar...
É a certeza mesmo diante do improvável, é a serenidade em meio ao caos, é o que me faz querer afagar seu rosto, entregue... absolutamente entregue... porque é puro, porque é verdade, porque é todo amor.
É esse estado bonito de compreensão e calma, que vem da inexorável certeza de que há outro tanto a ser percorrido, e mesmo que não seja agora, será.
Deus é esse pedacinho de mim que ainda me perdoa, que ainda sonha, que ainda espera.
É amuleto.
É sorte.
É pele.