terça-feira, 28 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Já fui sim menina-caipira.
Nos idos dos anos 70 morei numa cidadezinha rural, de ruas tortas, de terra batida e casinhas de madeira com seus enormes quintais. Eu tinha pouco mais de cinco anos, e é uma das minhas lembranças mais antigas.
Lembro do piano da escola, dos enormes besouros, do poço no fundo de casa, da Igrejinha, do capeletti in brodo, do frio pungente e dos eucaliptos gigantes.
Com eles papai fazia celulose.
E eu fazia poesia.
Sem nem saber.
É que ficava flutuando o olhar sobre aquelas toras de madeira castanha por horas sem fim. Desta maneira tocava com os olhos o que para mim era a felicidade : um tanto de verde, de vento, e o perfume que dava significado ao ar.
Hoje, a despeito de ser (estar) urbana e cosmopolita, vejo eucaliptos daqui da janela de casa, de onde escrevo. E, de alguma forma, estão sempre em meus caminhos.
Cuido para que não sejam só memórias...
Ontem, quando comecei a escrever o blog, eram uma pergunta.
Hoje são só deslumbramento...
Tudo aqui é verdade. Pelo menos é a minha verdade.
É minha maneira ritmada de perceber a vida.
Quero ver “através”, quero desconstruir o óbvio,
Quero celebrar a vida.
E depois... depois quero sentir os eucaliptos.
“Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.”
- A.Cícero -
E, como o “para sempre” se assusta fácil, tenho fotografado para nada perder...
Solange,
ResponderExcluirVir por aqui tem sido fonte de minha alegria.
Se o que sabemos, é que nada sabemos, então que a gente viva o hoje desfrutando cada pequeno pedaço.
Adoro sua poesia pensada.
Muito.
Deves ser extraodinária.
Plínio Dualli
Uma vez escrevi sobre isso tb:
ResponderExcluir"Estou incerta
dos meus sonhos
tão certos".
rs
Gostei do texto! E do vídeo!
Bj, e paz.
Lindo, Solange.
ResponderExcluirBeijos!
Adorei seu comentário ..... e seu blog também ..... e engraçado essa coisa de envelhecer .... quanto mais o tempo passa mais incertezas eu tenho rsrsrs .... duvidas ... e como passa rapido .....
ResponderExcluirUm beijo estalado .....
Sei que nada sei...
ResponderExcluirtb não acredito em certezas abasolutas a vida muda a cada instante e nós tb.
beijos
Denise
Acho que quando sabemos demais é porque já não tem mais graça, ou importância... Aí falamos: "se eu soubesse o que sei hoje quando tinha 16 anos..."
ResponderExcluirBeijos no core!
Layla Barlavento
http://culpadowalter.blogspot.com
Certeza a gnt só tem de q um dia vai morrer...
ResponderExcluire a graça é essa... jah imaginou saber de td antes que acontecesse??? nao haveriam as supresas, fossem elas felizes ou tristes...
Logo os sentimentos acabariam por ser menos intensos... quase insípidos...
Talvez seja a crítica pedindo descanso, dentro daquilo em que a vida pode nos oferecer, o de ir o de, de repente, voltar. Ou seja, com o passar do tempo, ficamos tão críticos que talvez seja melhor nos sentir, por alguns momentos, um pouco mais jovem e desprotegidos, contudo, mais leves...
ResponderExcluirBeijos querida Solange,
Ana Lúcia.
O melhor da vida é justamente nao saber nada dela.
ResponderExcluirBeijos!!!
Solange acredito que no dia em que tivermos certeza de tudo, não haverá mais sentido, busca, sonhos, nada. O que restará... As incertezas nos move e nos faz sonhar.
ResponderExcluirBj!
Gostei do que vc publicou, me fez refletir.
Às vezes ter poucas certezas pode contribuir para o novo. O arriscar que em muitas ocasiões dá espaço para o medo pode desvanecer com uma colheita boa.
ResponderExcluirNo fim, a gente não sabe de nada mesmo hehe.
Um beijo! Bom texto! E excelente video que tu trouxestes!
É na certeza que surgem as grandes dúvidas, a única certeza que temos nesta vida é a Morte.
ResponderExcluirBeijos!
Ká
Pequenas dúvidas também nos alimentam,sabia? É que às vezes a realidade é tão dura, ou talvez não dura, mas imcompatível com noosso coração.Então tem hora que é melhor a dúvida.Assim a gente vive como quer, faz o que quer e por aí vai. Mas gostei muito da indagação. beijos
ResponderExcluirA dúvida, a incerteza, o questionamento talvez sejam os nossos móveis no caminho do conhecimento, do amadurecimento...ainda bem que não nos apegamos mais a verdades, talvez, por serem tão relativas, elas nos acomodam e, desconfio, acomodados, a vida perde a graça! Parabéns :)
ResponderExcluirSincronicidade.... veja a postagem que fiz ontem sem ter lido a tua ... bj
ResponderExcluirÉ esse "não saber" que dá o tempero pra vida...Perfeito esse vídeo. Perfeita você.
ResponderExcluirLindo! Nossas certezas, muitas vezes , são até a "página 2",.rsrs...Nos surpreendemos!beijos,chica
ResponderExcluir"E as certezas nos confudem pelo simples fato de serem certezas."
ResponderExcluirMe sinto no mesmo barco que você e meu coração anda apertadinho. Mas passa; tudo passa né?
Fê
Exatamente por isso tenho andado distante. Mas to voltando aos poucos... Bjus!
ResponderExcluirVim sentir o cheiro dos eucalíptos...rs
ResponderExcluirPerfumado aqui...
E não se espante nem se assuste...
A gente nunca sabe nada...
Sempre uma surpresa a cada dia...
Beijos em seu coração!
Que lindo Solange!
ResponderExcluirA nossa vida é cheia de dúvidas e incertezas, e é através dela que rumamos em busca de novos caminhos que nos de alguma certeza.
Beijos querida...
isso aqui é puro amor!
ResponderExcluir"Amor não é pacto nem jura... é liberdade pura!"
ResponderExcluirpor Solange Maia
"Certeza de nada, incerteza de tudo. Dúvida do dia, dúvida da noite. Certeza de acordar, certeza de amar, certeza de amar, certeza de amar... mas será que seremos amados??! hummm...
O certo é que tudo é incerto e esta incerteza é o que nos traz o impulso de buscar. E o que buscar, aí vai de cada incerteza que cada um traz na mala que chamamos de experiência."
por Nâna Pessoa
SIMBIOSE deliciosamente singular,
ResponderExcluirJá sei, porque digo não sei, descobri aqui com vc
Bjuss!
Aloha!!!
Hod.
Só para constar, o que na vida estrangula a tua verdade?
ResponderExcluirFique com Deus, menina Solange.
Um abraço.
Esse seu blog é o que me dado forças para seguir no meu dia a dia.
ResponderExcluirPessoas com seu dom de escrita deveriam ser mais vistas. Não só pela escrita em si, mas pela essência.
Engraçado que quando passo por aqui, também lembro da minha infância cheirando a eucaliptos.
Ahá! Achei o seu mesmo vídeo que você me mencionou.
ResponderExcluirEsta música, sobretudo por ser assim falada num francês limpo, claro e cristalino, me lembra demais meu pai, e soa quase que natural para mim. Assim, a tradução que postei naquele meu blog (que nem atualizo muito), é como ela me toca e que faz mais sentido no meu entendimento. Só traduzi de propósito 60 para 50 porque ainda faltam uns 10 anos para meu relógio vital bater assim, bemora sei que esse tempo é nada e passar muito rápido. rsss
Se são poucas, são boas!
Eu fico aqui a imaginar quais seriam essas suas poucas e boas certezas...
Abraço.