segunda-feira, 7 de maio de 2012

o amor é tão óbvio...

Às vezes a menina dava prá falar de amor.
Era o jeito que tinha prá chegar à vida dele.
Engraçado. Nessas horas ela era tão óbvia.
Quanto mais falava, mais ficava indefesa.
Cada vez mais à deriva.
Ia falando do amor, e perdendo consistência...
Perdia também a convicção.
A menina perdia tudo.
Menos a coragem.

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9 comentários:

  1. E como cresceu forte e cheio de poesia! abraços

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  2. o amor... sempre a nos expor!

    Beijos no coração, Sol

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  3. lindo isso Sol..
    para amar é preciso coragem..

    bjs.Sol

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  4. Ola Solange,
    Adorei! Aliás adoro todas as suas postagens. És de uma sensibilidade incrível menina!

    Ainda bem que restou a ela coragem, item indispensável para empreender mudanças, principalmente no quesito amor.


    Abraços, Flávio.
    --> Blog Telinha Crítica <--

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  5. Sol,

    Estava com saudade de ler os teus textos, mas tinha pressa... Um sacrilégio! Então, deitei os olhos em tuas palavras e me deixei seduzir.

    Eu daria o "Oscar" para Fêmea Faminta. Lindo, sensível, delicado... A tua cara! Bjs

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  6. Da maneira como eu entendi a frase: "Às vezes a menina dava prá falar de amor." eu já achei fantástico o texto e muito real. Por muitas vezes vi isso.

    Daniel

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  7. SER CRIANÇA

    Quero voltar a ser criança
    Correr pelos campos
    Sujar-me com a pureza da terra;
    Banhar-me nas águas da cachoeira
    Conectar-me com a linguagem do mundo
    Traduzindo-o em brincadeiras.

    Quero dialogar com a minha infância
    Descobrir-me em sua rebeldia oculta
    O cúmplice de uma revolta sem feridas

    E titubear sílabas de ordem.

    Quero voltar a ser criança
    Para reconhecer em cada rosto
    Um gesto de bondade.
    Caminhar pelas margens de um rio
    E medir seu mistério;
    Deixar que a chuva molhe minha alma
    Enquanto meu corpo sacia-se em liberdade...

    * Agamenon Troyan
    Autor do livro O ANJO E A TEMPESTADE,

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