terça-feira, 29 de maio de 2012
são números demais...
Mal nasci e já fui rotulada :
fêmea.
Cinquenta e tantos
centímetros, três quilos e alguma coisa.
Solange de tal, ariana com
ascendente em escorpião.
Depois fui recebendo outros
rótulos : filha, aluna, irmã, namorada, estagiária... Até que um dia a gente ganha
a chave de casa e passa a ter mais um monte de números que nos identificam : código
de endereçamento postal, contribuinte, telefone, título de eleitora... Mais tarde, surgem outros
critérios, mas que nos rotulam também : sócia, condutora, mãe, mulher,
ex-mulher, amante... E assim vamos sendo
segmentados matematicamente... vamos fazendo parte das estatísticas.
Mas o duro é ver que tem quem
pense que são através destes números que se contabilizam nossas perdas e nossos
ganhos... Nessas horas dá vontade é de
ser ninguém !
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Nossa! Que verdade mais absoluta! Já escrevi várias vezes (e outras tantas só pensei), ao ler seus escritos o quanto você escreve o que eu não consigo dizer.
ResponderExcluirMuita admiração por você!
Um livro tem capítulos... mas continua a ser um único livro!
ResponderExcluiré, tanto pra descobrir q a simples existência é o q importa!
ResponderExcluirbjs
ns
Somos o número da nossa identidade, pelo menos é o que querem que sejamos!
ResponderExcluirE que identidade é essa?
Números, uma foto e uma assinatura!
E se um dia eu for outra e quiser assinar de outra forma, terei que fazer uma nova identidade?
Mesmo que minha "identidade" permaneça a mesma, eu serei outra a cada novo dia!
Nossa disse tudo. Adorei!!
ResponderExcluirFlor, uma linda quinta-feira pra vc!!!
Bjuss!!
SOL,
ResponderExcluira insensibilidade humana é irmã siamesa da mediocridade perceptiva que, a maioria traz de forma quase congênita e que lhes impede transcender e abstrair.
Preocupados, somente na análise das partes expostas e protocolares formais do outro,esquecem e ignoram, aí ,sim, a verdadeira essencialidade dos seus semelhantes.
Perdem, portanto,e sempre, a oportunidade de extasiar-se com aquilo que é único e singular em cada um de nós!
Descobrir porque pessoas guardam certas palavras nossas, em meio a tantas que lhes falamos ou valorizam aquele olhar específico e não, aqueles tantos outros, é tarefa que deveria ser acrescentada, àqueles históricos 12trabalhos de Hércules.
A monumentalidade das melhores percepções em relação aos outros, só as identificamos, despidos de qualquer objetividade Cartesiana e esquecendo que temos que ser coerentes com a lógica , disso ou daquilo.
Perda de tempo!
Geralmente, o que não escutamos, são o gritos dos apelos emocionados e necessitados que exigem serem transportados para aquela UTI que sempre imaginamos, existir dentro do coração, daqueles que amamos.
E seja qual for a forma de amor que necessitemos.
Um abração carioca.
Das palavras mais verdadeiras que tenho visto por ai ultimamente!!!
ResponderExcluirbj