terça-feira, 29 de maio de 2012

são números demais...

Mal nasci e já fui rotulada : fêmea.
Cinquenta e tantos centímetros, três quilos e alguma coisa.
Solange de tal, ariana com ascendente em escorpião.

Depois fui recebendo outros rótulos : filha, aluna, irmã, namorada, estagiária... Até que um dia a gente ganha a chave de casa e passa a ter mais um monte de números que nos identificam : código de endereçamento postal, contribuinte, telefone, título de eleitora... Mais tarde, surgem outros critérios, mas que nos rotulam também : sócia, condutora, mãe, mulher, ex-mulher, amante... E assim vamos sendo segmentados matematicamente... vamos fazendo parte das estatísticas.

Mas o duro é ver que tem quem pense que são através destes números que se contabilizam nossas perdas e nossos ganhos... Nessas horas dá vontade é de ser ninguém !
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7 comentários:

  1. Nossa! Que verdade mais absoluta! Já escrevi várias vezes (e outras tantas só pensei), ao ler seus escritos o quanto você escreve o que eu não consigo dizer.
    Muita admiração por você!

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  2. Um livro tem capítulos... mas continua a ser um único livro!

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  3. é, tanto pra descobrir q a simples existência é o q importa!

    bjs
    ns

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  4. Somos o número da nossa identidade, pelo menos é o que querem que sejamos!

    E que identidade é essa?
    Números, uma foto e uma assinatura!

    E se um dia eu for outra e quiser assinar de outra forma, terei que fazer uma nova identidade?

    Mesmo que minha "identidade" permaneça a mesma, eu serei outra a cada novo dia!

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  5. Nossa disse tudo. Adorei!!

    Flor, uma linda quinta-feira pra vc!!!

    Bjuss!!

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  6. SOL,

    a insensibilidade humana é irmã siamesa da mediocridade perceptiva que, a maioria traz de forma quase congênita e que lhes impede transcender e abstrair.

    Preocupados, somente na análise das partes expostas e protocolares formais do outro,esquecem e ignoram, aí ,sim, a verdadeira essencialidade dos seus semelhantes.

    Perdem, portanto,e sempre, a oportunidade de extasiar-se com aquilo que é único e singular em cada um de nós!

    Descobrir porque pessoas guardam certas palavras nossas, em meio a tantas que lhes falamos ou valorizam aquele olhar específico e não, aqueles tantos outros, é tarefa que deveria ser acrescentada, àqueles históricos 12trabalhos de Hércules.

    A monumentalidade das melhores percepções em relação aos outros, só as identificamos, despidos de qualquer objetividade Cartesiana e esquecendo que temos que ser coerentes com a lógica , disso ou daquilo.

    Perda de tempo!

    Geralmente, o que não escutamos, são o gritos dos apelos emocionados e necessitados que exigem serem transportados para aquela UTI que sempre imaginamos, existir dentro do coração, daqueles que amamos.

    E seja qual for a forma de amor que necessitemos.

    Um abração carioca.

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  7. Das palavras mais verdadeiras que tenho visto por ai ultimamente!!!
    bj

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