terça-feira, 17 de abril de 2012

das levezas que poucos vêem...

Sempre gostei mais da embalagem do que do presente, do bilhete do que da lembrança, da dedicatória do que do livro...
Gosto daquilo que não se vê. Ou sim (eu vejo). Da atmosfera, do entorno, das palavras não ditas.
Reajo epidermicamente às entrelinhas...

Gosto daquilo que esteve entre nós, que já havia saído de ti, e que ainda não tinha chegado a mim, do que deixou o ar denso, que morou nas sutilezas, e que, embora tivesse durado só um instante, ínfimo, mínimo, tornou o momento lindo e eterno.
Você esteve bonito naquela noite. O olhar triste, como sempre. Acho que nunca consegui pousar o olhar em alguém que não tivesse o olhar triste. Mas tinha um sorriso honesto, e uma leveza que não era discurso. Era comportamento.
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13 comentários:

  1. Encontrei seu blogue por acaso, adorei!!!
    deliciosamente leve. Vou te seguir para poder degusta-lo. Bjs

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  2. Um texto difícil, mas muito lindo!
    Mas é que é mesmo assim...
    Você disse tudo o que eu agora precisava ouvir!

    Beijos,

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  3. Você esteve bonito naquela noite. O olhar triste, como sempre. Acho que nunca consegui pousar o olhar em alguém que não tivesse o olhar triste. Mas tinha um sorriso honesto, e uma leveza que não era discurso. Era comportamento.

    Eu entendi este texto...
    LS

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  4. Sim, concordo com a MFC, o texto não é fácil, tem tantas coisas sendo ditas, tantas emoções traduzidas em códigos que precisamo decifrar...
    Tem tantos nós... e eus e fios. Tem tanta riqueza e poesia, que deve ser lido, relido...

    Ah como gosto da magia que voce faz com as palavras, Solange!
    Beijos!

    Nana

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  5. Perceber o que há por trás das entrelinhas requer muita sensibilidade.
    Também gosto dos pequenos momentos,dos sorrisos e olhares que muitos não percebem,de pequenos detalhes mas que pra mim se tornam tanto.
    Abraço,=)

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  6. Ola,
    Já me peguei na mesma situação do texto, pois muitas vezes o imaterial é mais interessante que o material... As poucas linhas de uma dedicatória por exemplo pode superar e muito um livro inteiro.


    Abraços, Flávio.
    --> Blog Telinha Crítica <--

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  7. SOLANGE,

    esta é magia da palavra escrita que, propicia a imaginação correr solta e sem imagem que sirvam de garrote para nossos voos de imaginação.

    Em geral livros que lemos primeiro e depois vemos o filme, este último fica nos devendo os rostos dos personagens que criamos e as situações nos lugares onde acontecem.

    Isto sempre acontece comigo que, fico bringando com o filme o tempo inteiro, achando que não era nada daquilo que eu lí.

    E na maioria absoluta dos casos, não era mesmo!

    Um abração carioca.

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  8. Sempre gostei do significado das coisas, um bilhete escrito no guardanapo de papel, uma dedicatoria no livro, tem o seu valor

    Beijos

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  9. Olá!

    Não me pareces tu, algum sopro de espírito, quem sabe, a conduzir teus escritos.

    Transmuta energia, eleva vibrações.
    Sublime voz interior a dissolver-se na simplicidade.
    Tua luz está além!

    Seu espaço muito me prendeu
    Parabéns!
    Bom dia!
    N.N

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  10. Boa tarde, Solange. Um texto muito lindo, e parece-me intrigante ao mesmo tempo, um paradoxo para mim no final interessante.
    Olhar triste, sempre triste e um comportamento leve!
    O texto todo é para analisar, pois a superficialidade, a exteriorização, não são elementos bons.
    É mesmo bom ver as coisas pelo interior.
    Um beijo na alma, e fique na paz!

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  11. "Reajo epidermicamente às entrelinhas..."

    Sol, tua escrita é ÚNICA!!!!!!!

    Nossa! Lindo, lindo, lindo....

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  12. Um palco sem luz nem ator
    Um idiota armado em estupor
    Uma gaiola sem grades
    Um papagaio falando de amor

    Uma casa cor de chocolate
    Um vaso de girassóis cantadores
    Um livro com uma palavra apenas
    Com o título, fatais amores

    O chegar a um cruzamento sem encruzilhada
    O morder de uma radiosa maçã
    No despontar de um dia azul
    Encontrei …Um Anjo pela Manhã…


    Doce beijo

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  13. a ultima sentença combina com a minha foto né

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