terça-feira, 31 de julho de 2012

eu não existo...

Na sala ao lado o casal dança.
Tocam-se em poucos lugares, talvez só as mãos, embora pareça que cada célula deles está ligada.
A escola de dança não existe. Eu não existo. E não existe mais nada ao redor que não eles mesmos.
A pele deliciosamente sincronizada. Nenhum gesto é isolado.

A beleza do instante era, em grande parte,
pelo que não se podia ver.
Havia um jogo acrobático de sedução, um erotismo pulsante.
Nessas horas a palavra não chega, ela é muda.


(fotografia clicada via celular, hoje, às 20h00, na Academia de Dança da Bebela)

2 comentários:

  1. bom te ler..
    nada mais excitante do que a imaginação..

    bjs.Sol

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  2. Si hay alguien que existe sos Vos, Solange.
    La tinta de tu escritura tiene el color de la sensibilidad más delicada, de la que por cierto está en extinción en este planeta.
    Gracias por darle alegria a mi corazón !!!!.
    Te abrazo con el aroma de los eucalyptos.

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