sexta-feira, 16 de março de 2012

das messalinas modernas...

A menina esguia sentada no banco do bar tinha dois mil anos. Vivia numa São Paulo arquétipa, na meca da liberdade, no universo das jovens mimadas, saturadas de seu próprio intelectualismo e independência. O rosto de aparência extrema, erotizado, pintado com tons fortes. É bonita.
Ela não disfarça, quer devorar os homens.
Precisa, antes que seja devorada.
E ocupa o bar todo.
Existe inteira, mesmo sem existir.
Não fosse o celular e a calça jeans, em nada se diferenciaria das cortesãs da Babilônia.
E seria incrível.
Se não fosse tão óbvia.
.

11 comentários:

  1. Sui generis, ñ me pergunte porque, combinou com seu texto mito legal!

    bjs
    ns

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  2. Ah... as calças jeans, essas dizem tudo!! rs...

    Beijos flor

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  3. Olá, Eucaliptos...

    Tão óbvio mesmo, aqui - no litoral nordestino - e aí pergunto: "De que adianta ser filho da santa?"

    Abraço do Pedra do Sertão

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  4. Há sempre um animal bem vivo dentro de nós!
    E não há problema algum em conviver com ele.

    Beijos,

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  5. Essas histórias são sempre muito interessantes! Uma menina recatada que em determinada noite, como uma loba, sai a caça com apetite feroz!

    Legal!

    Abraços Flávio,
    --> Blog Telinha Critica <--

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  6. Independência na atitude mas escravidão da consequência.
    O tempo passa mas os objetivos são sempre os mesmos.
    A mesma busca, o mesmo vazio, a mesma falta de amor próprio na busca do amor ao outro.

    bbbju gde querida

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  7. Quando quero amo ser uma "messalina moderna"...

    "Ela não disfarça, quer devorar os homens.
    Precisa, antes que seja devorada.
    E ocupa o bar todo."

    beijos,

    Bi

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  8. É SEMPRE LINDO VER UMA CENA DESTA....ONDE A MULHER NA SUA MAIS PURA FRAGELIDADE CONSEGUE NOS PASSAR ALGO TAO BELO E ENCANTADO DE DIANTE DA MAGNITUDE QUE FORA FEITA.....BJ LINDA UM BOM E UM ÓTIMO INICIO DE SEMANA.

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  9. Solange,

    manda o endereço deste bar!

    Fala sério.

    Um abração carioca.

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  10. Gostei das palavras, mas a imagem é fortissima, rs

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  11. Escrevi, mas sumiu!

    Vou tentar repetir:

    Um conto real, contado sem as fadas e os príncipes, e elas nem querem ser princesas; até o dia em que choram, amarguradas, quando percebem que o tempo as devorou.

    Suzana/LILY

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