Lembro-me de uma reza, que ouvi uma vez, que dizia lindamente que o
Que o Universo me permita então, usar tanto as palavras quanto os silêncios.
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Já fui sim menina-caipira.
Nos idos dos anos 70 morei numa cidadezinha rural, de ruas tortas, de terra batida e casinhas de madeira com seus enormes quintais. Eu tinha pouco mais de cinco anos, e é uma das minhas lembranças mais antigas.
Lembro do piano da escola, dos enormes besouros, do poço no fundo de casa, da Igrejinha, do capeletti in brodo, do frio pungente e dos eucaliptos gigantes.
Com eles papai fazia celulose.
E eu fazia poesia.
Sem nem saber.
É que ficava flutuando o olhar sobre aquelas toras de madeira castanha por horas sem fim. Desta maneira tocava com os olhos o que para mim era a felicidade : um tanto de verde, de vento, e o perfume que dava significado ao ar.
Hoje, a despeito de ser (estar) urbana e cosmopolita, vejo eucaliptos daqui da janela de casa, de onde escrevo. E, de alguma forma, estão sempre em meus caminhos.
Cuido para que não sejam só memórias...
Ontem, quando comecei a escrever o blog, eram uma pergunta.
Hoje são só deslumbramento...
Tudo aqui é verdade. Pelo menos é a minha verdade.
É minha maneira ritmada de perceber a vida.
Quero ver “através”, quero desconstruir o óbvio,
Quero celebrar a vida.
E depois... depois quero sentir os eucaliptos.
“Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.”
- A.Cícero -
E, como o “para sempre” se assusta fácil, tenho fotografado para nada perder...
Tiago 3... obrigada Abbud !!!
ResponderExcluirSolande Maia,
ResponderExcluirnão consegui ler o seu texto.
A razão foi esta reveladora foto sua de fevereiro de 2012.
Enquanto eu não me refazer do encantamento desta imagem,sigo o conselho do dramaturgo Oscar Wilde que dizia:
"Se você não conseguir entender meu silêncio de nada adiantariam as palavras,pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos".
Quer que eu minta?
Abração carioca.
Sol, minha doce amiga,
ResponderExcluirO silêncio te salva? Que bom! Mas, deixa que as tuas palavras toquem nas cordas do nosso coração, pois elas produzem uma linda canção de amor e ecoam de maneira tão forte, dentro de nós, que do nosso deserto saímos muito mais felizes. Bjs do tamanho do mar para Bebela.
Eu também torço pela sua vontade de ser feliz e pela minha também ;)
ResponderExcluirbeijos
:)
Boa noite, Solange. É sempre com muito prazer que venho aqui e comento o que sinto.
ResponderExcluirOs silêncios são necessários, e as palavras nem sempre são sábias, são aprisionadoras de nós mesmos, e quando vemos, elas saem.
Quando conseguimos harmonizar o que proferimos, somos livres.
Um beijo, e fique na paz de uma bela semana.
Mas a mim sempre me fizeram bem as tuas palavras!
ResponderExcluirÉ por elas que procuro quando cá venho, é delas que preciso!
Mas entendo-te...
Há silêncios que nos são necessários!
Toma um beijo grande.
Ola Solange,
ResponderExcluirComo é bom chegar aqui em pleno domingão e ler algo tão simples e profundo como esse texto que publicou. Saber usar as palavras na hora certa é quase um dom que poucos tem! Eu mesmo me "embanano" todo, rsrsrsrsr
Abraços, Flávio.
--> Blog Telinha Critica <--
Essa é uma verdade..
ResponderExcluirA palavra depois de dita não pode voltar atrás.. mas você pode impedi-la de sair da boca..
O silêncio.. ele também fala, as vezes precisamos dele. Muito. rs'
Adorei o post!!! xD
Vc sempre demais!
Bjoo!
Solange
ResponderExcluirAssim como diz OW temos nós que aprender a usar do silêncio que diz tanta coisa...
beijão
Anne
escrever é uma boa forma de conhecer as palavras guardadas.
ResponderExcluirbjs
ns
Solange lindo esse texto e a imagem também!Bom domingo pra você!
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