Andei pensando no que mais poderia escrever que já não tivesse escrito prá você pai...
.
Pensei em como é bom esse nosso jeito de falar sempre do nosso amor, de não precisarmos de uma data para conseguir “destravar” nossos sentimentos...
.
É... aprendi com você que amor a gente deve falar a toda hora, que sentimentos bons são para serem colocados para fora sempre, se não através de palavras, então através de gestos, de atitudes, assim como quando a gente vai jantar na sua casa e você põe a mesa com tanto carinho, ou como quando a gente precisa falar um palavrão para extravasar e você está ali, pronto para falar uma coisa bem cabeluda e transformar a raiva ou a tristeza num motivo para rirmos demais, ou como quando você vai à farmácia e sempre traz um remedinho ou qualquer outra coisinha prá mostrar o quanto cuida de nós, ou quando escolhe a trilha sonora perfeita para os momentos deliciosos que passamos juntos, ou ainda quando você pisa no acelerador do buggy só para a gente perceber o quanto estamos vivas, só para a gente acreditar o quanto a vida ainda é bela !!!
.
Você e suas incansáveis reuniões sobre afeto... e esse seu espírito (lindo) apaziguador e elegante que sempre nos ensinou a delicadeza, você que ensina coragem tendo, que enxerga toda pedra como pódio, que ri e chora com a mesma leveza, você e suas lições que nunca foram só discursos, mas sim demonstrações de como você próprio conduz a vida.
.
Pai, com você todos os dias tem sido Natal, todos os encontros são únicos, tudo é absorvido, tudo é processado, tudo é térmico, tudo é soma...
.
É pai... você é o lugar da minha vida onde tudo é amor.