(lá embaixo a história dessa fotografia...)
Engraçada minha história com os eucaliptos.
Eles sempre estiveram na minha vida.
.
Sou filha de madeireiro, do sul, das árvores longilíneas, do ar perfumado, do frio, do fog...
Lá estavam eles, nos vales da infância e nas janelas da escola, no meu primeiro apartamento e em todos desde então... preenchendo sempre meu cenário particular.
.
Mas foi numa madrugada triste, no inverno do ano 2000, que eles aconteceram para mim.
Foi quando o mundo estava escuro, e eu ainda mais. Mas sempre digo que em dias assim um milagre acontece, e o meu aconteceu com ele ao telefone, falando lá de longe, me fazendo reagir.
- Vai Sô, caminhe até o terraço, lá onde estão os eucaliptos, e só pare de inspirar quando estiver com os pulmões cheios de vida. Sinta o vento nas folhas, a respiração do mundo, a vida pulsando, o frescor. Isso que acontece aí fora, também acontece aí dentro. A vida é possível mesmo em momentos de dor. Ela está aí.
.
E, naquele instante, fiz as pazes com a vida mais uma vez.
E os eucaliptos tornaram-se minha metáfora indispensável, meu amuleto, minha sorte.
Porque devem ter, em suas folhas, escrito quase todos os dias da minha vida...
.
.
a história dessa fotografia: Um dia a Zuleid, lá do Simples Assim, da qual sou fã irremediável, me enviou essa fotografia, que ela mesma tirou, de “uma varanda simples em um prédio escuro e feio numa rua qualquer do Belenzinho”, mas que, pela presença do eucalipto, na paisagem cinzenta, e pela tentativa de imprimir naquele cinza um pouco de verde e de cor (percebidos pela preocupação que o morador teve em colocar umas florzinhas coloridas e um pássaro para alegrar o próprio mundo...) a fez lembrar das pessoas que, mesmo de maneira muito singela, querem melhorar o mundo...
E a lindeza disso, é que sem nem saber, ela disse que quando passa por lá se lembra de mim...
E eu, Zuleid, que me lembro de você desde sempre, depois desse “presente”, a incluí também no “hall” das minhas metáforas indispensáveis...
Nossa que coisa boa minha querida!!!
ResponderExcluirQue presentão poder enfeitar suas páginas tão cheias de poesia e de sentimentos.
É verdade, lembro de você TODOS os dias porque passo em frente desta varanda e na mesma hora penso que temos a obrigação de retribuir com alegria as dádivas recebidas ao longo de nossas vidas!
Pode ser apenas com um sorriso, com um meneio de cabeça para o pedestre que cruza à frente de nosso carro, pode ser com um cumprimento afetivo à gari de roupa laranja que varre nossa rua fazendo nossa vida melhor!
Solange muito obrigada por seu carinho...Me fez chorar de alegria!
Beijos!
ai que lindo Sô..
ResponderExcluiros eucaliptos, o vento, o perfume..
muitas vezes, não notamos a vida que se mostra pra nós, mesmo quando estamos tristes..
como nessa foto.
bjs.Sol
Linda história e a foto tb.A vida é cheia de dores,mas, sempre existiram os eucaliptos para curá-la.Para você ele é um símbolo de respiração. Quando a vida a sufoca...
ResponderExcluirAmei amiga. MOntão de bjs e abraços
Sempre tem algum objeto / momento que nos faz melhor, não é?
ResponderExcluirFique com Deus, menina Bia Maia.
Um abraço.
Oi Sol,
ResponderExcluirLinda história a tua...
Quisera eu ter uam história assim!
Eucaliptos me lembram meu pai, o cheiro da sauna quentinha!
Estou triste hj... Se quiser saber porque passe pelo Dama e pelo Lua... Mas não se arrepie com que vai ler. Só estou precisando de ajuda!
Bom domingo!
bjo
Que lindo!!! Deu um nózinho da garganta, sabe?
ResponderExcluirHistória bonita demais. É tão bom quando alguém que gostamos mundo nos diz o que fazer, que rumo tomar, quando tudo parece perdido demais, vem alguém e diz: Olha, ta alí o que vc procuro... Com vc aconteceu ao telefone, com os eucaliptos e alguém do outro lado da linha!!!
Quando venho ao seu blog, faço a festa ;)
Bjks =*
Que história mais linda, Sol!
ResponderExcluir:)
As histórias, as lembranças, as imagens...
ResponderExcluirAs letras, as palavras, as recordações.
O olhar, a memória, as lágrimas e os sorrisos.
Lembranças e palavras que saciaram a minha vontade de entender e desvendar os eucaliptos na janela...
Beijos querida
Me emocionei demias, e ai sim entendi tua história, tua relação com os eucaliptos eu tbm os amoooooo. bjssssss
ResponderExcluirEu imaginava algo assim, mas literalmente com os galhos batendo na sua janela em uma tarde de chuva ... bjs
ResponderExcluirEu, particularmente, tenho uma espécie de árvore que sempre chamei de "minha árvore", trata-se do jasmim manga. Por diversas vezes, quando estava de mal com a vida, eu me diante de uma dessas árvores. Olhei suas flores, as mais perfeitas que já avistei e vi que Deus estava presente naquele momento. A perfeição das flores dessa árvore sempre me remetem a Deus.
ResponderExcluirAssim como você, eu também escrevi um pouquinho do meu mundo no meu blog. Depois dá uma passadinha por lá.
Beijnhos e parabéns por usar tão bem as palavras.
Solange
ResponderExcluirO perfume dos eucaliptos é inebriante e também faz parte da minha caminhada de vida!
Beijos e bom domingo.
Anne
O título,por si só, já encanta, é impossível abrir o blog, e não sentir o cheiro, o frescor e a a sombra gostosa de seus Eucaliptos, que você, generosamente, empresta vida. E ainda tem esta bela história!?!
ResponderExcluirMelhor pra nós que temos o privilegio de compartilhar desta bela história de amor... Obrigado.
Beijos!!!
"A vida é possível mesmo em momentos de dor. Ela está aí."
ResponderExcluirSim, querida, a vida é possível... mesmo na dor... só por isso insisto em viver!!
Um beijo e um abraço de verdade em vc!
Sou esquecido demais para ter metáforas indispensáveis. :)
ResponderExcluirSol
ResponderExcluirFelizes os que tem metáforas indispensáveis(e inspiradoras). Elas(as metáforas)muitas vezes ajudam a embelezar certos momentos da vida.No seu caso(com os eucaliptos)embelezam e "aromatizam".Bom demais!
Beijo!
Solange,
ResponderExcluirNão tenho comentado, mas cada vez gosto mais de ler as suas postagens, reveladoras de uma mulher autêntica e sensível...
Tudo de bom para si!
Beijo :)
Que lindo Sol,
ResponderExcluirNossa pude até "sentir" o cheiro do eucalipto aqui, chegar aos meus pulmões.
Sensível, intenso, poético.
Bjo,
Fé Fraga
http://mefaltaumpedacoteu.blogspot.com
Eu considero que a sua poesia tem sabor. E não poderia deixar de falar do cheiro. Do agradável cheiro do eucalipto. Uma ótima semana, Solange! Paz e bem.
ResponderExcluirSolange, te achei lá na Mylla, nossa amiga em comum e gostei muito das tuas palavras por isso vim te conhecer. Me lembro que já passei por aqui em algum lugar no passado, rs.
ResponderExcluirUm linda semana prá você.
Bjao
LINDO! ACOMPANHO SEMPRE TEU BLOG E ME ENCANTO COM TEUS POSTS,APROVEITO PRA TE PRESENTEAR COM UM SELINHO, PEGA LÁ NO MEU BLOG http://nadialis.blogspot.com/
ResponderExcluirbJSSSS
Gostei da tua história e fui até á janela olhar a pequena mata de eucaliptos que tenho do outro lado da estrada...onde adormecem os passarinhos e o sol tambem. Respirei fundo...aquele cheiro que entra pelos pulmões adentro...Na minha infância, num outro tempo, os eucaliptos ficavam mais longe...mas, quando íamos até lá eu trazia o seu aroma nos meus cabelos, na minha roupa e nas minhas mãos...Aos domingos eu pedia ao meu pai: Vamos passear? Aonde? Quero cheirar os eucaliptos!!
ResponderExcluirMil beijos
Graça
Oi Sol, obrigada por tua presença registrada em meu blog... Linda linda a sua história aqui no blog...Nesses momentos de dor, é incrível ver como nós nos superamos...Deu para sentir daqui o ar fresco! E o alívio na tua alma, glória a Deus por isto flor.
ResponderExcluirQue este frescor seja prolongado em tua vida e seja uma linda lembrança de quanto te fez bem estar aqui, vir aqui e declarar em versos sua vida.
Minha história começou mais ou menos assim.
Beijos
Que linda a sua história no texto; e linda, também, a prova de amizade entre vcs.
ResponderExcluirBeijo grande!
Você tem os eucaliptos. Eu tenho as montanhas e as nuvens. Claro e o meu sótão porque quando era menina me escondia neles e encontrava livros e diários antigos com caligrafia desenhada e histórias inventadas ao longo dos dias. Fui crescendo ali em meio as tempestades e aos sons da estação.
ResponderExcluirUm sorriso pela lembrança e pela saudade.
bacio
Olá Solange, muito linda esta história, eu tenho também eucaliptos na janela, não são muitos, mas são altos e frondosos, como moro no terceiro andar costumo ficar sentada na minha cama olhando para as suas copas. Adorei o seu blog. Abracos, Sueli
ResponderExcluirÉ por isso que eu sempre volto aqui: são pequenos eucaliptos em palavras... que tbm me ensinam a fazer as pazes com a vida...
ResponderExcluirGrande beijo querida!
Reside na simplicidade a beleza de ser completo pelo fato de ser sincero, fato simples assim....
ResponderExcluirAbraço-te com ternura dos dias ensolarados
Solange,Boa explicação, aplacou um pouco minha curiosidade. (Só um pouco). A primeira coisa que nos passa na cabeça é: Por que eucaliptos?
ResponderExcluirE é verdade, solange, todos temos alguma coisa ou algumas coisas que se tornam nossas metáforas, recorrente e que estamos sempre nos vendo atrávés dos seus significados...
adorei o blog, Grande Abraço!
Que interessante conhecer a história e a importância que o título deste blog tem em sua vida. Paradoxalmente, recuperamos a nós mesmos sempre naqueles momentos em que parece não restar mais nada.
ResponderExcluirP.S.: Essa pessoa que, ao telefone, materializou este milagre em sua vida era budista ou tinha conhecimentos budistas? Pois a fala dela me remeteu bastante a essa filosofia.
P.S.2: Fiquei profundamente lisonjeado pela sua presença e pelos seus comentários no blog em que vou participar!
P.S.3: Solange, me desculpe pela longa ausência aqui do seu cantinho. Infelizmente está ficando cada vez mais difícil dar conta de comentar todos os blogs que me interessam. Leio praticamente todos os posts de todos os blogs que admiro, mas quanto a comentar, já é outra história... é possível fazer leituras mais rápidas e apressadas dos posts, mas se eu fizesse comentários em cada blog que costumo frequentar, passaria todos os dias, durante o dia inteiro, apenas fazendo comentários em blogs, rs. Mas, mesmo em silêncio, estou sempre por aqui, apreciando o aroma dos seus eucaliptos.